Roteiro Turístico

A Freguesia de Tocha dota-se de alguns meios como parques de merendas (Praia da Tocha, Escoral, Cochadas e Berlengas), as Lagoas dos Taxoeiros e da Salgueira, praias com grande extensão de areia fina e dourada, como a Praia do Palheirão (Praia Dourada) e a Praia da Tocha (Bandeira Azul), Palheiros da Praia da Tocha; Arte Xávega; o Mercado com as lojas a imitar os palheiros da praia da Tocha.
 
A vida de uma comunidade como Tocha, é feita de actividades múltiplas a que se juntam, com rara felicidade, a dinâmica das suas associações, diversas e vocacionadas para a realização das pessoas e o progresso em geral.
 
A VISITAR:
 
• Santuário de Nossa Senhora da Tocha
• Capela da Caniceira
• Capela da Praia da Tocha
• Capela das Cochadas
• Moinhos de água das Cochadas
• Cruzeiro no largo da Feira
• casa antiga, em tempos o celeiro dos crázios
• Casas gandaresas 
• Quinta da Fonte Quente 
• Lagoa dos Taxoeiros
• Lagoa da Salgueira
• Praia da Tocha
• Praia do Palheirão
 
- PRAIA DA TOCHA
A Praia da Tocha é uma das estâncias balneares da região centro mais vezes contempladas com a Bandeira Azul, facto a que não terá sido alheia a constante preocupação das entidades competentes na manutenção da sua qualidade e limpeza. Nesse sentido, a Câmara Municipal de Cantanhede tem acionado os mecanismos necessários para garantir a excelência balnear da Praia da Tocha, como aliás comprova a brochura distribuída no âmbito da edição de 1998 da European Blue Flag Compaign, que a inclui no conjunto das 13 praias da região centro contempladas com a Bandeira Azul. 
 
Mas a Praia da Tocha tem muito mais para oferecer a quem a visita. Servida por excelentes vias de acesso e situada a escassos quilómetros de Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro, é um local verdadeiramente convidativo a umas férias de floresta, mar, sol e lazer.
 
Nesta antiga aldeia de pescadores da Freguesia da Tocha, no Concelho de Cantanhede, é possível encontrar ainda vestígios dos antigos palheiros, utilizados em tempos pelos pescadores para guardar o material utilizado na faina diária dos meses de Verão.
 
Ainda não há uma década que, cerca das sete horas da manhã, soava o inconfundível toque do búzio, a partir do qual os seis ou sete homens de cada companha se preparavam para a pesca. Depois de equipado com cordas e redes, o pequeno barco era arrastado sobre rolos de madeira até à água, afastando-se da costa duas ou três milhas.
 
Já em terra, o arrais comandava os pescadores na tarefa de puxar, à força de braços, as cordas que prendiam a rede, arrastando-a para a praia, operação a que se juntavam frequentemente alguns banhistas. Depois procedia-se à separação do peixe capturado para ser leiloado publicamente, não sem que antes todos os participantes na árdua tarefa tivessem recebido o seu quinhão, que frequentemente partilhado num agradável convívio com os pescadores, homens experientes, iam contando as suas histórias da faina enquanto grelhavam o peixe e assavam as batatas na areia.
 
Hoje, além de algumas inovações introduzidas na atividade piscatória, já não é o tocar do búzio que desperta os pescadores para a faina, mas o essencial da arte xávega permanece de tal modo viva que constitui um dos elementos de maior atração turística da Praia da Tocha.
 
Os anos 60, década do grande boom de um produto chamado "Sol e Praia", transformou uma simples aldeia de pescadores num agradável destino de férias, a que não falta, durante a época balnear, um vasto programa cultural e desportivo que também contribui para que os veraneantes se sintam motivados a voltar.
 
Não obstante a procura turística ter arrastado, ao longo dos últimos anos, o inevitável crescimento urbanístico, este desenvolveu-se sem afetar significativamente a identidade da aldeia. As medidas adotadas para preservar a arquitetura xávega estão bem patentes na recuperação dos palheiros dos pescadores, agora transformadas em casas de férias, ou na adaptação dos materiais característicos locais a formas de construção mais atuais.
A Praia da Tocha é, ainda hoje, uma aldeia pitoresca, calma e tranquila, com um areal dourado onde, a par dos corpos bronzeados dos banhistas, se estendem as redes e os barcos típicos, enquanto os pescadores aguardam que o tempo permita a saída para o mar.
 
Localização GPS 
40.329534 -8.844509 
 
- PRAIA DO PALHEIRÃO
Alguns quilómetros a Norte da Praia da Tocha, resiste absolutamente intacta a Praia do Palheirão, autêntico refúgio com enquadramento ambiental de exceção, ideal para quem deseja um contacto íntimo e solitário com uma paisagem imaculada. 
 
Oficialmente reconhecida como Praia Dourada, a Praia do Palheirão estende-se por vários quilómetros de areais intactos, entre o ondulado das dunas contíguas a uma imensa mancha florestal e o horizonte infinito do azul do mar.
 
Localização GPS
40.387706 -8.823952
 

FESTAS RELIGIOSAS
Na Freguesia, realizam-se festas em honra de São João, na Praia da Tocha, de 23 a 25 de Junho, culminando com o Banho Santo às 6h da manhã, do dia 24 de Junho. 
No dia 9 de Julho as comemorações da elevação de Tocha a Vila. Realizam-se igualmente festividades em Cochadas, no Escoural, na Caniceira e em Berlengas.


FEIRAS E EVENTOS ANUAIS
• Mercado dominical, na Tocha
• Feira franca, dias 14 e 27 de cada mês. Quando coincide com o Domingo, o dia de mercado passa para o dia anterior.

GASTRONOMIA
Da gastronomia local, destacam-se a batata assada na areia com bacalhau e a sardinha na telha, sendo a última acompanhada com batata a murro, broa de milho ou torta, uma espécie de broa achatada recheada, normalmente, de chouriça.

Nos enchidos regionais, a chouriça goza de um protagonismo ímpar: os pequenos e suculentos pedaços de carne de porco mergulhados em vinho tinto caseiro, alho e sal por vários dias, assim que começam a ganhar o perfume da marinada, são dourados em azeite, marcando posição nas casas de petiscos locais. Fumada com ramos de pinho verde, a chouriça é apreciada crua, cozida, frita, assada no borralho ou em água-ardente, conferindo o seu intenso aroma aos pratos que têm o privilégio de a integrar.

ARTESANATO
Para não esquecer a manufactura do passado. permanecem vivas as artes de confecção de abanos de penas de albatroz. apanhadas nas areias da Praia da Tocha (Albino Valente - Caniceira) de miniaturas dos Palheiros da Praia da Tocha (Manuel da Costa - Caniceira) e de pintura à mão de peças em barro e (Carlos Alberto Guerra - Avenida D. João Garcia Bacelar) Tocha.

A Praia da Tocha é de facto um dos lugares mais procurados pelos turistas dada a qualidade das suas areias e águas. No entanto. esta estância ba1near teve origem num centro piscatório, criado em meados do século XVII. Dadas as variações climatéricas, os pescadores, para resistirem à constante movimentação das dunas, ergueram habitações sobre alta estacaria, em construções palafíticas, os antigos "Palheiros ", hoje recuperados e reproduzidos em miniatura.

A pesca artesanal, a Arte Xávega. desenvolveu-se aqui com embarcações que se afastavam até duas ou três milhas da costa. Desde sempre, quando os pescadores regressavam, faziam - se acompanhar por uma rede-saco repleta de peixe, estabelecendo-se um agradável convívio entre pescadores, banhistas e frequentadores desta bela praia oceânica, pois o peixe era leiloado, depois de retirado o sustento dos pescadores, é claro.

A rede da Xávega é composta por um saco terminal, bastante amplo, com malha apertada onde os peixes ficam prisioneiros. Dos lados da “boca”, saem duas compridas "mangas" de malha larga, que se prolongam pelos cabos muito compridos.
Há também uma outra forma de pesca, as meijoeiras ou ameijoeiras. Na baixa-mar, fixa-se a rede mar adentro e, 24 horas depois, é retirada. Normalmente, utiliza-se este tipo de pesca entre Outubro e Março, na pesca do robalo e do sargo.

Esta tradição artesanal, que ainda hoje se aprecia, esteve, enfim, na origem deste agradável, típico e tranquilo destino de férias.